Eu não sei bem o que é isso. Sem querer fazer aquela historinha de "estou postando qualquer coisa", eu realmente não sei o que é isso. Ontem, antes de dormir (e ter um sonho bizarro), me veio essa imagem na cabeça (que não tem nada a ver com o sonho, mas está no mesmo clima de estranheza). Na verdade era ser mais sinistra e não ficou de acordo com o pensamento, mas serve. No fim acabei gostando.

Uma fábula política


Era um vez um povo que vivia numa terra boa.
Ambos, o povo e a terra, eram grandes. O povo, por ser grande, tinha uma enorme diversidade e a terra, por sua vez, era muito extensa e, por isso, abarcava os mais diversos climas. Era possível que em um extremo da terra o sol estivesse quente e forte, enquanto no outro, o frio caisse pesado e duro. Consequentemente, era uma terra potencialmente rica, com plantações das mais variadas, gado e minérios.
Toda essa riqueza pertencia a esse povo que lá vivia e cada um cuidava de seus próprios negócios. Se chovia e a colheita fosse boa, ótimo; se não, paciência. Como é característico, de todos os povos procurar razão para as coisas, eles começaram a pensar qual seria a razão de um dia chover e no outro não. Do gado ficar doente no seu campo e não no do vizinho. Foi quando surgiram essas perguntas que os deuses inauguraram sua chegada nessas terras. Estranhamente, hoje o povo pensar que eles sempre estiveram por aqui, embora saibam que em algum momento no passado as coisas fossem diferentes. De qualquer maneira os deuses vieram e falaram:
“Temos o poder sobre o céu e a terra. Podemos ajudar vocês caso rezem por nós. E quanto mais rezarem, mais poderemos ajudar.”
O pessoal ficou maluco, claro. Finalmente acharam uma forma de fazer as coisas terem algum sentido. Alguns até ficaram satisfeitos e aliviados por não precisarem lidar com a situação eles mesmos e contentavam-se em pagar o trabalho com rezas.
Assim as coisas foram se ajustando. As pessoas trabalhavam na terra, cuidavam de suas vidas enquanto os deuses diziam como as coisas seriam. Quando alguém queria algo mais específico, como por exemplo mais carne na mesa ou uma casa nova, rezava para um dos deuses e pedia por isso. De acordo com sua proximidade com o deus em questão, a pessoa era atendida ou não. Mas uma coisa era certa: as rezas.
Com o passar do tempo, e antes que o próprio povo desse conta, os deuses começaram as trazer leis e regras sobre como ele deveria agir, e começaram a governar não só a terra, mas a vida das pessoas. Alguns, mais espertos, notaram que, na verdade, ao controlar a terra, os deuses já controlavam as vidas de quem dela dependia. Mas esses ficaram quietos e escutaram resto da história.
O povo então coçou a cabeça e perguntou a eles:
“Por que essas leis? Agora vocês querem mandar na gente?”
Os deuses, em uníssono responderam:
“Não é bem assim. Entendam que, para que o povo funcione de forma coesa e seja forte, precisa de leis. Regras que façam todos iguais. Eis a democracia. Para vocês terem uma idéia, até nós, deuses, nos sujeitamos a essas regras! Vejam como elas são importantes!”
O povo parou, pensou. E como não entendeu muito bem, deixou de lado, pois até que a resposta talvez fizesse sentido. Se os próprios deuses se sujeitariam a isso, mau não podia fazer
Algum tempo depois, após ouvirem umas certas histórias a respeito das brigas entre os deuses (provavelmente coisa de ego: quem ganhava mais rezas ou quem concedia mais desejos ao povo), mesmo sem saber muito bem o que se passava, o povo foi até eles novamente e perguntou:
“Vem cá. Com essas histórias todas a respeito de vocês, o que andam fazendo.... não sei não... Além disso, rezamos pra caramba e muitas vezes vocês não cumprem o que prometeram. E Também nenhum deus está sendo punido como nós, o povo aqui da terra, quando infrigimos as tais leis que vocês trouxeram? Muito estranho isso...
Então os deuses confabularam entre si e responderam juntos:
“Bem, é que, como nós fazemos coisas muito importantes, precisamos que vocês rezem muito por nós. Porque são coisas realmente muito importantes. Tão importantes que nem explicaremos como funcionam, pois vocês não entenderiam. Sobre as punições, bem... é que dentre essas coisas secretas e muito importantes, há um monte de coisas sujas e feias. Algo como demônios que precisamos combater, entende? E para isso acabamos expostos a eles e suas sujeiras. Eventualmente nos contaminamos. Por estarmos submetidos a isso, precisamos de mais rezas ainda, para sermos fortes e resistirmos a eles. E, se acontecer de algum irmão cair em suas garras, ele não deveria ser punido por tombar em batalha, certo? Afinal, ele se sacrificou em nome do povo.”
O pessoal se entreolhou de novo e cochicharam. Coçaram a cabeça novamente e foram embora, dessa vez sem entender patavinas.
O tempo, claro, continuou passando e mais noticias chegaram aos ouvidos do povo a respeito das peripécias dos deuses para quem andavam rezando. Eram tantas que um belo dia alguém disse: “como os deuses têm tempo de fazer o que se propuseram, ou seja, organizar nossas terras, se estão o tempo todo brigando entre si, com esses tais demônios ou usufruindo de nossas rezas?”. O povo então disse “ih, é mesmo!” e foi até lá perguntar para eles.
“Deidades, explica aqui um negócio. Como é que vocês administram a terra enquanto um está preocupado em ouvir rezas, o outro ausente pra caçar demônos, o outro brigando com o irmão? Pelo que andamos vendo por ai, a terra anda uma verdadeira bagunça”.
Dessa vez, diferente das anteriores foi uma algazarra. Dedos apontados, papiros escandalosos, sangue e preces por todos os lados. Os deuses falavam todos juntos, mas dessa vez falavam coisas diferentes. Eles então fecharam as portas pro povo não ver o papelão. O povo esperou um bom tempo antes de bater na porta novamente. Ninguém respondeu. Bateu novamente, com mais vigor. Nada.
Ai começou uma bagunça generalizada, todo mundo batendo nas portas e gritando pelos deuses, exigindo uma explicação.
A porta, então, se abriu. E os deuses surgiram com ar aborrecido.
“E então, o que me dizem sobre isso, excelentíssmios? Qual a razão dessa zona toda?”
Um deles deu um passo à frente e disse com ar despreocupado:
“Não há zona alguma”
“Como não?”, disse o povo. “Está na cara de todos que quiserem ver!”
O Deus então deu outro passo à frente.
“E o que vocês, povo burro e fraco, podem fazer contra nós, deuses, que controlamos toda a terra?”
Ai o povo parou, coçou a cabeça, pensou. Ai deu de ombros e foi-se embora.

Já que agora eu só faço isso mesmo...

Sei que isso deve estar cansativo. Mas eu gosto desse desenho e eu prometo ser o último post dessa bateria.
Bom, como isso é sobre desenhos e não textos, sem mais delongas, lá vai:

Arte em Paint... ou algo parecido.

Eu ando com essa mania. Agora eu fico desocupado e começo a rabiscar no Paint, como vocês podem ter entendido no post anterior. E como ando sem textos para esse blog, lá vai mais desenhos pelas gargantas de vocês.

Esse é um trabalho que me deixou em dúvida. Sempre parecia faltar coisas, então eu fiz duas versões preenchendo com idéias diferentes.

 O original:

A primeira idéia:
 A segunda idéia:
 Alguma preferência?

Eu sou artista!

Então, ai eu decidi deixar de lado meu egoísmo e compartilhar com vocês um desenho que fiz. É significativo porque fiz no paint (porque eu não tenho idéia de como colocar meus desenhos em papel no computador). Honestamente, gostei muito do resultado, sobretudo se for considerar a ferramenta.
Esse é o primeiro de vários, por isso, o mais querido.




 Então, é isso. Digam o que acharam. E sejam gentis.