Eu também quero!

Esse tal Crepúsculo está me dando nos nervos. Acabei de passar os olho em uma matéria de revista usando a premissa dos livros/filme para falar sobre o romantismo e pensei “cara, como uma coisa tão canastrona está dando tanto o que falar?”. Claro, não fico puto só do “alto de minha competência para assuntos gerais” para criticar esse tipo de coisa. Fico também com um quê de inveja. Uma das coisas que me fariam mais feliz seria fica rico com algo que escrevi. E nesse aspecto tanto as escritoras de Crepúsculo e de Harry Potter são, algo como que ídolos fajutos, por assim dizer desse processo. Livros aos quais atribuo muito pouco mérito e que deram aos autores algo que eu gostaria. No caso do Harry Potter, o que me deixa danado é a relação com Timoty Hunter? Já ouviram falar? Trata-se de um personagem de quadrinhos de Neil Gaiman. Um garoto de óculos, moreno, inglês, que descobre ser o maior mago de nossa era e tem uma coruja. Familiar? Pois é. Claro, Harry Potter vai se desenrolando por outros caminhos, diferente do Timoty Hunter e a isso devo ceder algum crédito À sua autora. Embora minha teimosia ainda me sugira que seu percurso não é tão diferente, em geral, do feijão com arroz “predestinado arquetípico com poder para salvar o mundo enfrenta seus demônios arquetípicos internos e externos, com a ajuda de seus amigos arquetípicos”. Vale pelos efeitos especiais. Sobre Crepúsculo, alguém mais vê alguma semelhança com Entrevista com Vampiro, ou sou apenas eu? Quer dizer, em certo período tivemos Nosferatu, a besta horrorosa que fazia Deus sabe o que. Tivemos Drácula, que era meio fera, porém sedutor (e o era por razões, sei lá, telepáticas, místicas ou sei lá o que – diferente do vampiro andrógeno de Anne Rice). E claro, Louis, Lestat, Armand e sua trupe, o pessoal meio em cima do muro de Anne Rice. Particularmente gosto muito mais das consequências que ela dá pra essa coisa mais assexuada e que portanto exige outro canal de satisfação, no caso o sangue, do que a punheta de gosto-de-meninos-e-meninas que também acaba resultando desse tipo de personagem. Na verdade gosto muito mais do rumo que Vampiro – A Máscara dá aos personagens.
Enfim, vampiros tiveram algumas caras ao longo desse período que recortei. Agora me aparece uma legião de... pessoas... tratando Crepúsculo como o santo graal do romance gótico, como algo legitimamente novo, coisa e tal. Isso não me convence. Se alguém mais instruído souber a razão, por favor, me explica.

3 comentários:

Lu disse...

são os amores impossíveis, meu caro - isso sempre dá ibope!

você tirou os pensamentos da minha caixola: como eu queria escrever alguma coisa que me rendesse uma grana!!! rs pelo menos isso, que o mérito seja reconhecido: essa galera conseguiu.

coloque um pouco amor nesse seu lado stephen king e quem sabe não sai um roteiro hollywoodiano sucesso total? rs

beijos, querido! feliz ano novo pra vc também!!

Lu disse...

vitôncio, publiquei dois textos e 0 comments seu!! que se passa, amigo? rs

beijos, saudades

Mim disse...

ai ai...hoje li aqui no jornal o artur dapieve falando que ninguém que escreve coisas e dá aulas figura na listas dos mais da Forbes. Me lembrei na hora dos tais Paulo Coelho, crepúsculos, harry potters e Marley e eus da vida. Mas, EU CONFESSO, li a saga Crepúsculo. E o segundo livro, Lua nova, é um puta livro. Os outros são uma bosta cheia de clichês de adolescentes, seja vampiresco ou não. E LÓGICO, Armand, Louis e o gay Lestat eram MUITO mais interessantes, talvez porque eu era adolescente. Acontece que somos sempre os mesmos, com poucas variações de iPod e playstation. O amor, desde mt antes de Machado de Assis, é pintado nas letras como algo especialmente dificil na juventude. Beijão, querido!